quinta feira, 16h, o café científico da ufrgs.
mas q é isso afinal?
um encontro com professores excelência de áreas diferentes para conversarem sobre um mesmo tema.
quem ia falar? o prof ivan izquierdo. era a única e suficiente informação q eu tinha. fui, junto c duas das minhas queridas irmãs, uma tão jovem e já professora da universidade, e a outra, fazendo a segunda faculdade lá.
descobri q o tema era o 'tempo'. e mais dois professores participariam. o prof salzano, uma lenda, fundador do depto de genética da ufrgs, aposentado, mas ainda ativo. segundo esclarecimento da minha irmã bióloga, "produção científica direto"...
ah ta... e o prof iglesias, do depto de física.
antes de tudo, pro pessoal não se aborrecer enquanto espera, um prof do depto de e artes tocou um trompete muito inspirado!
tava eu, bem feliz na sala 101 da faced, atirada numa cadeira e com olhos espremidos, cuidando quem chegava. os guris, com as suas bolsas atravessadas,as gurias com cara de 'q legal', os professores... a marininha graça aranha, q ainda está igualzinha desde q eu a vi no primeiro salão de iniciação científica da minha vida, há mais ou menos um século atrás... [segundo outras fontes ela está igual há muito mais tempo... nossa...!]
o físico começou: falou de quintana 'o tempo é a insônia da eternidade', calvino, 'saudade do tempo em q não havia tempo. nem espaço', e do pampa, infinito. [gurias, o café ta pronto. ah ta. tinha tb biscoitinhos, suco e pão de queijo para os menos tímidos, onde não me incluo, que são capazes de levantar no meio da explicação para ir comer...]
agora a vez do biólogo: o tempo à luz da evolução. previsível.
depois o médico: 'eu não sou nada mais q um indivíduo perplexo'. com seu sotaque uruguaio e uma calma de quem já tem décadas nos costados, o prof izquierdo desconstruiu boyle e constatou: 'o tempo lamentavelmente, para nós, velhos, existe. e flui. não é ou está. flui.' falou da linguagem como uma invenção q não tivemos tempo suficiente para depurar e por isso tem precisões e imprecisões. mas deixou claro q o tempo é convenção, e só pq usamos relógio e somos capazes de prever mais ou menos a idade do universo, não tenhamos ilusões em datar o tempo.
somos a nossa memória, isso sim. mas sem esquecer q ela é falha e parcial. o tempo da memória não é o tempo do relógio, falou da 'incerteza brutal q nos assola em todas as direções em q gente olha'. somos nós tentando dar sentido e data pra vida.

prof. izquierdo. olha q cara querida tem esse velho!
Posted by Hello
agora sim, vou pegar um café pra ouvir melhor o debate. e gente da sociologia, do direito, da história, da geologia, o donaldo shuller [o negócio é fino... intelectualmente falando..], alguém pergunta, afinal qto tempo somos capazes de viver? era a última pergunta. e o prof izquierdo calmamente rebate:
'o importante não é quanto tempo, mas o q fazemos com ele'...
pra quem ficou c vontade, o próximo será em abril.
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