de volta de sp. o congresso foi interessante, eu meio perdida entre teorias econômicas e sociais, enquanto veterinária e projeto abortado de jornalista.
enfim, qdo eu larguei o jornalismo foi por pura ideologia ferida. fui tratar de fazer carne, coisa q me parecia muito mais inofensiva q escrever na zh. mas estou eu às voltas de discussões e mais discussões sobre desenvolvimento, natureza e sociedade, relações de poder, consumo e resistência... nada há inofensivo em lugar nenhum. development is not a neutral route towards progress... [my friend van der ploeg!] god...
bem, estou no meio de um processo de monotonização da agricultura gerado pelo padrão fordista de industrialização, e onde tento eu achar q sistemas locais legitimados por novos padrões de consumo historica e culturalmente amparados podem melhorar a vida de muitas pessoas, sem q seja preciso transformar toda terra disponível no mundo em um continuun de soja. ok, ok, sempre tendo a me taxar de ingênua qdo acredito em coisas boas, e não nas catastróficas... deixem eu me iludir um pouco ok?!
enquanto o calor me impele pra rua, os prazos me impelem a trabalhar, e no meio do caminho cá estou escrevendo... [c um vinho me acompanhando, pra fluir melhor o pensamento e o palavreado]... se eu estivesse na minha casa, estaria fazendo uma boa faxina. impressionante qdo eu tenho mil coisas pra fazer é justamente o dia em q a casa está impraticavelmente suja e um faxina não pode esperar nem dez segundos...
preciso de férias. terei uma semana, sou a rainha de obter férias miseráveis. no fundo acho q não gosto delas. só espero q sejam sufientes pra eu terminar os contos do gorki, as vastas emoções do rubem fonseca e começar o matadouro 5, se é q ele chegará às minhas mãos... that's the point...
Saturday, July 30, 2005
Wednesday, July 27, 2005
Thursday, July 21, 2005
confissões...
teu desejo me deita fogo,
tua boca ausente
minha língua sente,
teu corpo longe
meu desejo pressente
as mãos buscam a carne,
ardendo pela textura
ânsias na minha cintura,
o calor das minhas pernas
da tua saliva à procura...
dissolvem súplicas em desatino
fragilidade pedindo tua firmeza
navegando insone minha correnteza
é tua a inquietude do meu toque
entrego meu sentido á tua beleza
e na ponta dos meus dedos
teu cheiro me fala de confluências
minha espera feita de tuas urgências
o beijo dos nossos corpos
desvendando-me indecências...
inconsciências...
meu corpo queimando
tua ânsia impele,
meu olho fechando
tua imagem me revele,
meu ventre pulsando
tua vontade me escancare,
meus dedos buscando
tua pele me sugere,
meu encontro moldando
tua forma me fere,
meu sentido derramando
tua sensação me tomando...
meu ritmo enchendo
tua tensão...
meus lábios gemendo
tua invasão...
meu sexo ardendo
tua penetração...
meu tremor acalmando
tua execução...
meu toque saciando
infinito me paralisando...
a propósito, eu republico isso pq, lendo hj o blog do tiagón... uma discussão sobre masturbação. de mulher claro. pq de punheta não se fala, afinal é uma instituição masculina, e legítima.
mas de mulher é isso, complicado. não entra na minha cabeça como isso pode causar essa celeuma toda. eu não vou ficar aqui me confessando no mais, ta certo q eu joguei ontem a ética pela janela, e ela só voltou roxa, manca, como nariz quebrado e a boca esfrangalhada, o q me permite ficar aqui falando de sexo ao invés de trabalhar, mas, por outro lado, também não vou ser hipócrita [pq eu não tenho talento] pra ficar dizendo...'olha eu não faço, mas acho q...' ora, pode ser q eu esteja prestando um serviço de utilidade pública...
então vamos ser honestas: eu faço, confesso. e tenho a seguinte opinião: o orgasmo q vc-mesma-providencia-em-si-mesma-sozinha é diferente, construtivo, animador, relaxante. não melhor, nem pior, mas diferente. e bom. muito. até pq se vc não sabe o q provoca um bom resultado em vc, aí, bom, a coisa [leia-se sua vida sexual] pode se tornar complicada... enfim, eu recomendo.
e só não me venham com essa de q eu não tenho imaginação suficiente... não façam eu me sentir uma pervertida.
tua boca ausente
minha língua sente,
teu corpo longe
meu desejo pressente
as mãos buscam a carne,
ardendo pela textura
ânsias na minha cintura,
o calor das minhas pernas
da tua saliva à procura...
dissolvem súplicas em desatino
fragilidade pedindo tua firmeza
navegando insone minha correnteza
é tua a inquietude do meu toque
entrego meu sentido á tua beleza
e na ponta dos meus dedos
teu cheiro me fala de confluências
minha espera feita de tuas urgências
o beijo dos nossos corpos
desvendando-me indecências...
inconsciências...
meu corpo queimando
tua ânsia impele,
meu olho fechando
tua imagem me revele,
meu ventre pulsando
tua vontade me escancare,
meus dedos buscando
tua pele me sugere,
meu encontro moldando
tua forma me fere,
meu sentido derramando
tua sensação me tomando...
meu ritmo enchendo
tua tensão...
meus lábios gemendo
tua invasão...
meu sexo ardendo
tua penetração...
meu tremor acalmando
tua execução...
meu toque saciando
infinito me paralisando...
a propósito, eu republico isso pq, lendo hj o blog do tiagón... uma discussão sobre masturbação. de mulher claro. pq de punheta não se fala, afinal é uma instituição masculina, e legítima.
mas de mulher é isso, complicado. não entra na minha cabeça como isso pode causar essa celeuma toda. eu não vou ficar aqui me confessando no mais, ta certo q eu joguei ontem a ética pela janela, e ela só voltou roxa, manca, como nariz quebrado e a boca esfrangalhada, o q me permite ficar aqui falando de sexo ao invés de trabalhar, mas, por outro lado, também não vou ser hipócrita [pq eu não tenho talento] pra ficar dizendo...'olha eu não faço, mas acho q...' ora, pode ser q eu esteja prestando um serviço de utilidade pública...
então vamos ser honestas: eu faço, confesso. e tenho a seguinte opinião: o orgasmo q vc-mesma-providencia-em-si-mesma-sozinha é diferente, construtivo, animador, relaxante. não melhor, nem pior, mas diferente. e bom. muito. até pq se vc não sabe o q provoca um bom resultado em vc, aí, bom, a coisa [leia-se sua vida sexual] pode se tornar complicada... enfim, eu recomendo.
e só não me venham com essa de q eu não tenho imaginação suficiente... não façam eu me sentir uma pervertida.
Wednesday, July 20, 2005
ontem...
o dia estava lindo, mas de uma tristesse trés fort.
o sol esqueceu de me aquecer. eu esqueci a ética protestante sufocada, amassada e soterrada embaixo de qualquer pilha de papers ou livros q se libertaram das estantes e prateleiras e, em rebelião tomaram a casa toda!
a manhã foi triste. muito. saí com o coração moído. a procura de algo pra recompor meu tônus cardíaco.
fui pra casa da minha irmã. passamos o resto do dia juntas. comendo bom-bom...!
cheguei a tardinha em casa. a ética na porta me esperando. sentiu meu cheiro no corredor... companhia inconveniente, me fez ler dois papers do marsden numa sentada. até que meus pés congelaram. liguei o forno do fogão e abri a porta [até explodir meu prédio, me lanço desse expediente temerário pra aquecer a casa]. agora a vez do marx, fui ler o capital, again, mas tinha certeza q não ia ter capacidade de encontrar o marsden dentro marx... encontrei!
me senti genial. fui durmir e levou horas pq meus pés estavam congelados de novo. começo o trabalho cedíssimo amanhã e lotada de idéias.
hoje...
a ética mordeu meu travesseiro 8 horas. joguei-a pela janela. tudo tem limite.
o dia estava lindo, mas de uma tristesse trés fort.
o sol esqueceu de me aquecer. eu esqueci a ética protestante sufocada, amassada e soterrada embaixo de qualquer pilha de papers ou livros q se libertaram das estantes e prateleiras e, em rebelião tomaram a casa toda!
a manhã foi triste. muito. saí com o coração moído. a procura de algo pra recompor meu tônus cardíaco.
fui pra casa da minha irmã. passamos o resto do dia juntas. comendo bom-bom...!
cheguei a tardinha em casa. a ética na porta me esperando. sentiu meu cheiro no corredor... companhia inconveniente, me fez ler dois papers do marsden numa sentada. até que meus pés congelaram. liguei o forno do fogão e abri a porta [até explodir meu prédio, me lanço desse expediente temerário pra aquecer a casa]. agora a vez do marx, fui ler o capital, again, mas tinha certeza q não ia ter capacidade de encontrar o marsden dentro marx... encontrei!
me senti genial. fui durmir e levou horas pq meus pés estavam congelados de novo. começo o trabalho cedíssimo amanhã e lotada de idéias.
hoje...
a ética mordeu meu travesseiro 8 horas. joguei-a pela janela. tudo tem limite.
Thursday, July 14, 2005
operação narciso II. a volta.
nossa, sai moída de uma prova agora. mas tanta novidade aqui...
vamos por partes, obrigada tiagón e
gejfin [devo desculpa a vcs por não ter ido ao shamrock... uma cerveja semana q vem. q tal?? como desagravo..???]
eu concordo com o gejfin e certamente não escreveria melhor q ele. vc, seu anômino, em primeiro lugar, "dona" é a vovozinha. em segundo, vc está sendo simplório. cérebro nós temos, e por isso enxergamos q nó górdio desse esquema é muito mais embaixo. não se trata de atacar o capitalismo em si. isso é discurso raso e panfletário, e nós não nos encaixamos em nenhuma das categorias!!!
mas vc desconhece, ou pretende ignorar, a história econômica desse país, que concentrou TODA a renda em 15% da população? vc acha q até qdo pode ser sustentável isso??? não se trata de atacar ou defender o regime, mas de constatar q alguma coisa vai mal.
pra começo de conversa, nosso índice de gini [q mede a desigualdade, e vai de zero, todos tem as mesmas coisas; até 1, um cara tem tudo, e o resto, nada], que é 0,8 e lá vai, só é comparável aos países árabes, onde tem sheik. ou seja, seis caras têm todo o dinheiro do país... num sistema capítalista, regido pela lógica de consumo, é irracional destituir a população dos meios para consumir. e isso é o q aconteceu ao longo da história do brasil. aqueles que estavam próximos ao poder, q sempre detiveram a grana e a política não se contentaram com pouco. leitura sugerida: o caio prado jr, é ótimo.
eu não quis entrar na questão da violência, pq tava sem tempo, e o gejtin fez por mim, pq adivinhou meu pensamento. vc acha q essa ostentação leva a q? a uma humilhação de gente q assimila TODO esse valor, q é financeiro, mas q não consegue participar disso.
e pra coroar o deboche, os caras não pagam imposto! q é o q, teoricamente aparelha o estado para atuar para o bem comum... ou seja, não bastasse o cara já ter uma lucro, tem q sonegar...
eu não vivo numa bolha. e sinceramente, me sinto como no poema do fernado pessoa "tem pena de ouvir falar das guerras e dos comércios..."
e qto ao pt. weber já detectou tudo isso há muito mais tempo. quem quiser continuar se iludindo, a vontade. moi, non.
vamos por partes, obrigada tiagón e
gejfin [devo desculpa a vcs por não ter ido ao shamrock... uma cerveja semana q vem. q tal?? como desagravo..???]
eu concordo com o gejfin e certamente não escreveria melhor q ele. vc, seu anômino, em primeiro lugar, "dona" é a vovozinha. em segundo, vc está sendo simplório. cérebro nós temos, e por isso enxergamos q nó górdio desse esquema é muito mais embaixo. não se trata de atacar o capitalismo em si. isso é discurso raso e panfletário, e nós não nos encaixamos em nenhuma das categorias!!!
mas vc desconhece, ou pretende ignorar, a história econômica desse país, que concentrou TODA a renda em 15% da população? vc acha q até qdo pode ser sustentável isso??? não se trata de atacar ou defender o regime, mas de constatar q alguma coisa vai mal.
pra começo de conversa, nosso índice de gini [q mede a desigualdade, e vai de zero, todos tem as mesmas coisas; até 1, um cara tem tudo, e o resto, nada], que é 0,8 e lá vai, só é comparável aos países árabes, onde tem sheik. ou seja, seis caras têm todo o dinheiro do país... num sistema capítalista, regido pela lógica de consumo, é irracional destituir a população dos meios para consumir. e isso é o q aconteceu ao longo da história do brasil. aqueles que estavam próximos ao poder, q sempre detiveram a grana e a política não se contentaram com pouco. leitura sugerida: o caio prado jr, é ótimo.
eu não quis entrar na questão da violência, pq tava sem tempo, e o gejtin fez por mim, pq adivinhou meu pensamento. vc acha q essa ostentação leva a q? a uma humilhação de gente q assimila TODO esse valor, q é financeiro, mas q não consegue participar disso.
e pra coroar o deboche, os caras não pagam imposto! q é o q, teoricamente aparelha o estado para atuar para o bem comum... ou seja, não bastasse o cara já ter uma lucro, tem q sonegar...
eu não vivo numa bolha. e sinceramente, me sinto como no poema do fernado pessoa "tem pena de ouvir falar das guerras e dos comércios..."
e qto ao pt. weber já detectou tudo isso há muito mais tempo. quem quiser continuar se iludindo, a vontade. moi, non.
Wednesday, July 13, 2005
operação narciso
a dona da loja daslu, aquela de sp... q só pra estacionar o carro por uma hora, o sujeito paga trinta reais - um troco né?!; pois ela foi presa. é o resultado de uma operação da polícia federal que iniciou há dez meses. o nome da operação: narciso. [eu queria saber quem batiza as operações. os nomes são invariavelmente interessantes...!]
ela foi presa por: sonegação fiscal, importação subfaturada, operação comercial com empresas laranjas...
agora a enquete! vc, meu caro, minha cara, apostaria em qual dessas penas?
a) doar todo seu patrimônio, o q inclui seu guarda roupa chiquerésimo, a sua empregada e ir trabalhar como voluntária no morro do vidigal. seu guarda roupa se resumirá em uma camiseta usada de propaganda política do maluf para prefeito de sp, uma camiseta c propaganda do collor pra presidente, uma calça de moleton e uma bermuda de lycra listrada rosa pink e preta.
b) mofar e apodrecer numa penintenciária cheia de gente pobre. nesse caso ela poderia levar suas peças de roupa chiquerésimas, pois facilitaria sua sobrevivência, no esquema do escambo pela sua integridade, física é claro, pq moral, zero.
c) não doar nada, nem grana nem roupas, apenas passar o resto da vida, como voluntária, servindo a sopa dos pobres, e olhando nos olhos de cada sujeito q precisa disso pra comer.
d) pagar uma fiança, sair traquilamente e continuar vendendo um enxarpe a mil reais, pois essa sua missão na terra. e afinal viva esse liberalismo econômico, quem não tem pão, que coma brioches, ora bolas!
e) nenhuma das anteriores. mas o q vc quer fazer c essa mulher afinal???
p.s. só pra esclarecer, eu não sou comunista, não acredito no comunismo. sinto muito, até gostaria, mas não 'ser possível'. agora se alguém compra uma calça jeans a mil e quinhentos reais, pq tem essa grana toda sobrando, e do outro lado da rua, o sujeito não tem dois pila pra comprar leite... alguma coisa está ERRADA. MUITO ERRADA...
ela foi presa por: sonegação fiscal, importação subfaturada, operação comercial com empresas laranjas...
agora a enquete! vc, meu caro, minha cara, apostaria em qual dessas penas?
a) doar todo seu patrimônio, o q inclui seu guarda roupa chiquerésimo, a sua empregada e ir trabalhar como voluntária no morro do vidigal. seu guarda roupa se resumirá em uma camiseta usada de propaganda política do maluf para prefeito de sp, uma camiseta c propaganda do collor pra presidente, uma calça de moleton e uma bermuda de lycra listrada rosa pink e preta.
b) mofar e apodrecer numa penintenciária cheia de gente pobre. nesse caso ela poderia levar suas peças de roupa chiquerésimas, pois facilitaria sua sobrevivência, no esquema do escambo pela sua integridade, física é claro, pq moral, zero.
c) não doar nada, nem grana nem roupas, apenas passar o resto da vida, como voluntária, servindo a sopa dos pobres, e olhando nos olhos de cada sujeito q precisa disso pra comer.
d) pagar uma fiança, sair traquilamente e continuar vendendo um enxarpe a mil reais, pois essa sua missão na terra. e afinal viva esse liberalismo econômico, quem não tem pão, que coma brioches, ora bolas!
e) nenhuma das anteriores. mas o q vc quer fazer c essa mulher afinal???
p.s. só pra esclarecer, eu não sou comunista, não acredito no comunismo. sinto muito, até gostaria, mas não 'ser possível'. agora se alguém compra uma calça jeans a mil e quinhentos reais, pq tem essa grana toda sobrando, e do outro lado da rua, o sujeito não tem dois pila pra comprar leite... alguma coisa está ERRADA. MUITO ERRADA...
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