Tuesday, June 28, 2005

quadras

quadra do leitor epidérmico
eu não sou a letra
eu fujo do idioma
mas tu me lê
com as mãos...

quadra do atleta apaixonado
quarteirões pra gente passear
uma medida contra o sedentarismo
só trepar e conversar
assim meu coração não aguenta...

quadra da verdade disfarçada ou da mentira deslavada
eu tolero teu gemido
para que me tolere enquanto grito
eu também tolero mentiras
as minhas e as tuas...

Sunday, June 26, 2005

ontem mesmo nessa mesma data nesse mesmo dia

morreu há 21 anos michel foucault.
nasceu há 28 anos... eu. foi um tipo de compensação para o mundo. levando sempre, e sempre a sério nietzsche.

e ontem mesmo, pra minha total surpresa [um ataque de humildade inesperado!], eu ainda fui durmir às 5 da manhã pq fiquei ocupada ganhando algumas partidas de sinuca. detalhe de extrema relevãncia: de dois amigos, HOMENS. me senti o cúmulo do absurdo de mulher precisa com noção de espaço e força e direção! aí o filipe teve q ganhar uma, pra não ficar tão chato pra eles... hehehehe. carlos e filipe, foi massa, adorei!!!

isso tudo depois q todos q estavam na minha casa - gente muito boa! - bebendo a data se fueram... e foi legal receber todos! não nego q sou italiana - mesmo q me falem q a cara é de espanhola, e os olhos de árabe, a cor é de índio, no verão, no inverno posso passar por francesa qdo capricho na vestimenta. - isso é um apanhado do q me falam, depois eu digo q eu sou imensa e tenho multidões dentro de mim... tenho razaão ou não tenho??? - os modos, ah sim de italiana - casa cheia, comida, bebida, gestos perigosos, voz - pra tudo e qqer coisa - em altura muito pouco compatível com o sossego dos vizinhos... enfim enfim, foi 28. e foi massa!
[ai termo antigo q me denuncia... já me diz a alessandra q eu to na crise dos 30. mas eu não tenho 30 ainda. ai larissa, q detalhe ridículo... ah... será???].

ah, vou reclamar minha comissão pra casa verde.
e os contos proibidos... verei um suave pra publicar aqui mesmo. q é o máximo q eu to podendo em termos de literatura, enquanto fornecedora...!

Thursday, June 23, 2005

a casa verde

"O principal nesta minha obra da Casa Verde é estudar profundamente a loucura, os seus diversos graus, classificar-lhe os casos, descobrir enfim a causa do fenômeno e o remédio universal. Este é o mistério do meu coração."

O alienista - Machado de Assis

a casa verde em questão é da obra do machado. e muito embora eu ache toda essa coisa de classificação demodé... já q o mistério do meu coração é a loucura sem classificação, esse é o mote pra falar do novo lançamento da casa verde, não aquela q estuda a loucura, mas aquela q documenta...!

e como o pessoal ta ficando chique mesmo, eu mando o serviço e todos os culpados pelo crime. q tem gente grande envolvida...

Contos de bolso é o próximo livro do selo editorial Casa Verde , lançado em março por Caco Belmonte, Christina Dias, Filipe Bortolini, Flávio Ilha, Laís Chaffe, Luciana Veiga, Luiz Paulo Faccioli e Marcelo Spalding. O lançamento é dia 28 de junho (terça-feira), a partir das 19h30min, no Dado Bier (Shopping Bourbon Country). Contos de bolso reune mais de cem minicontos dos oito autores e de outros 35 convidados: Alexandre Guardiola, Amilcar Bettega, Ana Baggio, Caio Riter, Cardoso, Carlos Urbim, Celso Gutfreind, Cíntia Moscovich, Claudia Tajes, Daniel Galera, Daniel Pellizzari, Daniel Rocha, Eduardo Nasi, Fernando Neubarth, Gustavo Finkler, Jaime Cimenti, Jane Tutikian, José Eduardo Degrazia, Leonardo Brasiliense, Lourenço Cazarré, Luís Augusto Fischer, Luís Dill, Luis Fernando Verissimo, Marcelo Carneiro da Cunha, Mario Pirata, Marô Barbieri, Paula Taitelbaum, Paulo Bentancur, Paulo Scott, Ricardo Silvestrin, Sérgio Capparelli, Sergio Napp, Tailor Diniz, Valesca de Assis e Walter Galvani. Com planejamento gráfico de Auracebio Pereira e capa de Luciana Veiga, Contos de bolso tem edição de Laís Chaffe, que idealizou o projeto da Casa Verde. A apresentação é do escritor Marcelino Freire, organizador da antologia Os cem menores contos brasileiros do século. A revisão, de Luís Augusto Junges Lopes.

a gente se vê lá...!!!

Sunday, June 19, 2005

la nave va...

ok. eu desenvonvendo escrita telegráfica último período.
quinta feira ruim, estado de espírito. sexta feira ruim, tempo, wheater, no time, me nice...
irresistível vontade de sair com a minha nave. chuva? nem tanto. voei de bici até a ufrgs comprar livros. adoro.
depois pgdr, pegar textos no papel digital papel material quero vento na cara cabeça lotada! no meio de tudo isso ainda arrumo motoristo pra minha nave.
eu o jorge andando na minha bicicleta no campus, me senti entrando num dos filmes do realismo italiano!!!
sexta feira ainda estava começando...
fim de semana terminando...

Thursday, June 16, 2005

mérde...

enfim, é como me sinto hj. ces't vrai q eu já devo ter escrito outros [talvez muitos outros] posts com esse título... mas, o q fazer?

je sais q isso é assim, q é uma vez por mês, eu não me irrito, não quero matar ninguém, mas fico confusa. confusa c o q sinto, c o q faço, c quem eu quero, como eu quero, ou o q mesmo q eu quero... je sais q amanhã um pouco da minha certeza volta [de onde eu tiro as vontades, e as certezas???]. mas hj, hj é uma mérde de dia...

a propósito, estava lendo weber, a política como vocação. os grandes são os grandes... eu lia e fazia paralelos perfeitos c o 'tsunami de lama' [td bem, expressãozinha bem brega. bem ao gosto da nossa imprensa colonial... mas não resisti!] q chegou em brasília. e mais q isso eu me abstenho, me abstenho, me abstenho de falar.

Sunday, June 12, 2005

enfim, como me sinto hj...

"eu sou contraditório, eu sou imenso. há multidões dentro de mim".

bom, é genial. genial pq eu poderia ter escrito. pq sou eu q sinto assim.
mas walt whitman escreveu.

bem, o tatata pimentel me saiu com essa, "só quem não é inteligente, não é contraditório." ainda to tentando pegar na inteireiza... mas já me agrada.

aliás, fim de semana de mais preocupação q trabalho, as vezes eu não consigo render e me acho um lixo de pessoa cérebro sinapses habilidades. mérde mérde mérde... então parti pra ignorância mesmo e tirei kill bill 2 [ahã, a uma thurman é fantástica! apesar da minha televisão estar querendo me lançar um boicote ruidoso. sinto até saudade da velha, onde o campo de futebol era lilás e eu economizava no lsd...]. na casa da minha mãe, de bobeira, consegui assistir o tal café tv com [é assim q chama?]. e 'vamo combina' q o tatata bota eles todos no chinelo...!

Thursday, June 09, 2005

cigarro álcool sexo

nota: 10.
afinal foram 10 páginas sobre o progresso técnico na agricultura e sobre a questão agrária desde 1950 untill... today... minha mão dói demais...
espero q o professor concorde comigo q a minha prova tava do caralho! [esse é o sexo a q me refiro no título]
a cerveja e o cigarro? to providenciando agora... au revoir!!!!!

Saturday, June 04, 2005

humildade é o postulado dos vagabundos

suave né?
mas não é meu, vejam bem, é do goethe. coisa q nietzsche levou para sempre, e sempre a sério: “a humildade é (boa) para os vermes”.

vejamos mais de perto. o postulado não é de todo apenas egocêntrico. é egocêntrico com certeza, é nietzsche, são sinônimos. mas é mais q isso. aplico em mim mesma...

eu me escondo na humildade sim. é útil. antes de falarem o qto vc é estúpido, vc já vai logo adiantando a estupidez. poupa a língua do observador e o seu ouvido de uma coisa sinceramente desagradável [tem coisa bem mais agradável pra fazer c a língua e o ouvido, não necessariamente juntos, mas tb, e em qqer ordem]. e ainda faz render dividendos, uma simpatia aqui e um deixa disso, não é bem assim e tal. enfim, coisa muito cínica mesmo. ou uma proteção.

eu sempre acho q pouco fiz, pq tenho um péssimo hábito, complexo de inferioridade. e qual a melhor maneira de não admitir q fiquei vagabundeando ao invés de fazer alguma coisa q preste? assumir a vadiagem não é boa estratégia. então vc já vai se desculpando pelo pouquinho. é uma hipocrisia. ou não é?

mas como isso não é um exercício de humildade, não passei vegetando. eu não vegeto. nunca. se eu não entendo mais de economia, foi pq eu não estudei. o mesmo vale para música, filosofia, história, linguagem, arte, cinema e bolsa de valores. isso sem falar do qto eu não sei de veterinária. eu devia ter lido mais [está tudo nos livros, me fala um amigo sempre e sempre], e lido antes.

a questão é, nem tudo q eu li, vi, aprendi, observei, conversei, bebi, é funcional, grosso modo. mas de perto ninguém é normal. quero dizer, dostoesvski, fitzgerald, kawabata, quiroga, mafalda, veríssimo, rubem fonseca, kafka, asterix, fante, e até paulo coelho, estão, estiveram e sempre estarão na cabeceira. [até o paulo coelho? não, prazo de validade vencido. mas tb não garanto nada... não li onze minutos, mas seria capaz. li verônika decide morrer. e gostei. desculpa, não sou edificante por completo. humildade onde está vc?]

isso sem falar das pessoas, q tomam o meu tempo, q chegam, passam, ficam, vão - saudade de quem ta longe... todos q abriram a calota do meu cérebro, c motossera, as vezes. tudo isso toma tempo e não é nada útil no entendimento da profundidade dos pontos de interrogação, da décima primeira dimensão, dos super pranas e das películas do stanley kubrick e do bergmann... não??? MAS É CLARO Q SÃO...!

e pensando bem, tempo, tempo eu nunca perdi. acho salutar o ócio. mas creio q meu organismo fumante e alcoolizado e rebelde e neurótico ainda não está preparado para tanto. [o ócio criativo... pelo menos é criativo, disso eu gosto.] ontem mesmo um amigo perguntou se eu, sabendo o q eu sei hj, faria veterinária. claro q sim. eu faria TUDO de novo. todas as cicatrizes importam pra mim.

conclusão... isso não é um paper e eu não vou concluir. até pq eu to começando a me achar sabida. perigoso. vou estudar, pra cair na real, a q eu não devia ter ficado aqui escrevendo coisas cretinas ao invés de ir entender o ignácio rangel, o mario possas, o hayami e o ruttan de uma vez por todas... e medir qto mesmo falta pra eu ficar sabida, un peux sabida pelo menos...! pq, afinal de contas, humilde acho q não, mas realista, oui mes amis!