Friday, October 05, 2007

cotidiano

faz dois dias que escuto “simply simone” e me dou ao luxo de ter cinco livros - de literatura, economia na cabeceira da cama, ainda não - começados e espelhados pelo quarto.

um deles chegou pelo correio ontem (cavaleiro-fedex!): "onde andará dulce veiga?", do caio f. abreu - que estreou no cinema essa semana, pelo diretor guilherme de almeida prado - diz que... ele não pegou o fio da meada. moi, não vi, je ne sais rien...

li e reli "morangos mofados" chegando das férias. quatro dos contos são primorosos. em geral, prefiro caio-terceira-pessoa-do-singular. ele "doma" o narrador, segura as rédeas do texto e pega os personagens com mão-de-ferro. como ensinava quiroga. irretocável. não sobra nada. nem falta.

"sexo anal", do biajoni é outro que frequenta, bem e à jato, mon chambre. sua 'novela marron' foi comparada a"o casamento", do nelson-anjo-pornográfico-rodrigues. desconcertante. o tiagón disse: 'narrativa rápida – seja lá o que isso signifique'. eu lembro de ‘outro nelson’, "núpcias de fogo", publicado sob o pseudônimo de susana flag. preto é preto, branco, vocês já sabem, e o cinza do not exist. o que interessa é a trama.

os outros... um livro idiota, mas de francês muito palatável que não guardei nem o título, nem o autor. quignard, agora, antes de durmir, cai bem.

e guimarães-com-tempo-e-cabeça-fresca-rosa foi passear em montpellier e voltou virgem. tivemos dez dias e tal, li todas as orelhas, notas, prefácios introdutórios, poesias acessórias, coisa-que-eu-faço-sempre-depois-de-ler-o-livro-porque-não-tenho-a-menor-paciência-pra-fazer-antes... mas, convenhamos não dá pra reler a “terceira margem do rio” instalada na sala de um studio habitado por mais duas personas ouvindo em francês, inglês, ah-é-?-e-o-teu?-ah-o-meu-também!-filho-da-puta!, tim-tim, dá-pra-fumar-no-balcão-ah-e-fecha-a-porta? isso era pra mim...

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