Friday, November 30, 2007

convite: contos de algibeira - lançamento

é o novo lançamento da casa verde, e o terceiro da série lilliput. eu podia começar com o óbvio "quanto menor o frasco"... nos economizo... pois, se são mini-contos, temos mega-escritores. quantia e excelência - eles vão dominar o mundo, não tenho dúvida.
eu desejo sucesso de público, vendas, crítica, resenha em todos os bons jornais (?!?), todos os louros e a glória literária pra vocês - exceto os chás semanais da academia, 107 cadeiras a mais, convenhamos...

os envolvidos:
DESIGN E CAPA: Auracebio Pereira
APRESENTAÇÃO: Ruy Carlos Ostermann
REVISÃO: Luiz Antonio de Assis Brasil, Valesca de Assis (textos portugueses) e Luís Augusto Junges Lopes
ORGANIZAÇÃO: Laís Chaffe

os escritores:
Adrienne Myrtes, Álamo Oliveira, Alexandre Borges, Alexandre Guardiola, Altair Martins, Ana Baggio, Ana Mendes, Ana Ramalhete, Ana Saramago, Andréa Del Fuego, A ngela Schnoor, Aurora Silva, Berenice Sica Lamas, Caco Belmonte, Caio Riter, Carlos Gerbase, Carlos Seabra, Carlos Tomé, Celia Maria Maciel, Celso Gutfreind, Christina Dias, Cíntia Moscovich, Claudia Tajes, Claudio Parreira, Cleci Silveira, Clelia Bortolini, Daniel de Sá, Daniel Rocha, Edson Cruz, Fabrício Carpinejar, Fernando Bonassi, Fernando Gomes, Fernando Neubarth, Fernando Rozano, Filipe Bortolini, Frederico Alberti, Gonçalo M. Tavares, Henrique Manuel Bento Fialho, Hugo Rosa, Índigo, Ivana Arruda Leite, Ivette Brandalise, Jaime Cimenti, Jaime Vaz Brasil, Jane Tutikian, Jeová Santana, João Carlos Silva, João Pedro Mésseder, João Ventura, Joel Neto, José Bandeira, José Eduardo Degrazia, Laís Chaffe, Leonardo Brasiliense, Leozito Coelho, Livia Garcia-Roza, Lourenço Cazarré, Luciana Penna, Luciana Veiga, Luís Dill, Luis Ene, Luiz Antonio de Assis Brasil, Luiz Arraes, Luiz Paulo Faccioli, manuel a. domingos, Marcelino Freire, Marcelo Spalding, Maria Helena Weber, Maria João Lopes Fernandes, Mário Calado Pedro, Mario Pirata, Marô Barbieri, Milena Fischer, Monique Revillion, Nelson de Oliveira, Nilto Maciel, Nuno Camarneiro, Nuno Costa Santos, Paulo Bentancur, Paulo Kellerman, Paulo Rodrigues Ferreira, Pedro Coelho, Pedro Maciel, Pedro Salgueiro, Rafael Mota Miranda, Raquel Grabauska, Ray Silveira, Ricardo Silvestrin, Rinaldo de Fernandes, Rita Cunha Travassos, Rubem Penz, Rui Costa, Rui Manuel Amaral, Rui Zink, Rute Mota, Samir Mesquita, Sara Monteiro, Silvio Fiorani, Sérgio Capparelli, Sergio Napp, Tailor Diniz, Valesca de Assis, Vasco M. Barreto, Walter Galvani, Wilson Bueno, Wilson Gorj, Zezé Pina.

o evento:
QUEM: 107 autores
QUANDO: 1º de dezembro de 2007, sábado, a partir das 18h30min
ONDE: Alameda dos Escritores do Shopping Total (Cristóvão Colombo, 545)
QUANTO: R$ 20,00

Wednesday, November 28, 2007

o tiagón publicou um negócio impressionante ontem.

o mais próximo que cheguei da estética comunista foi berlim oriental. é outra cidade. mas, pensando...
na sofisticação arquitetônica que reina no entorno do portal de bradenburgo, na torta-instituição-de-maçã-alemã que se degusta no suntuoso operncafé, saindo do altes museum - ainda boquiaberto de ter visto nefertiti em 'carne e osso', em caminhar como quem não quer muito e tomar o choque estético na cara em alexanderplatz, render homenagens a marx, se for o caso - e foi!, seguir pela karl marx alle, parar num salão de beleza retrô, que serve bebidas, seguir e ver o que resta do muro, voltar, se engasgar no bundstag - o parlamento alemão, vendo as fotos da história, apreender com naturalidade os homens tomando banho de sol totalmente nus no tiegarten - parque central da cidade, tomar drinkes num squad, e finalmente, ver gente de cabelo verde no metrô! (não tem roleta, nem cobrador, nem fiscal. e todo mundo paga a passagem.)
isso é berlim.
(roteiro pra uma semana, por favor. não se matem.)

Monday, November 26, 2007

satolep vitor sambatown

faz duas semanas que eu estou namorando esse CD - desde que ele chegou pelo correio, enviado dos longes da capital da província boi. pelo meu amor (por isso é amor, etecéteras).

é o último do vitor ramil, em parceria com marcos suzano.
vitor renderia laudas. lembro de preencher as inúteis aulas de "teorias do jornalismo" escrevendo as letras do "tango", com o alexandre schöessler e o gilberto!

no momento, acho suficiente dizer que "satolep sambatown" é música que se escuta pelo mediastino.

Wednesday, November 21, 2007

oui à la liberté de fumer

é a manisfetação de hoje em paris.
que se soma aos grevistas da sncf (trens intermunicipais), ratp (metrô e ônibus de paris), edf (companhia de eletricidade), gdf (companhia de gás), la poste (os correios franceses), escolas, universidades, e, até, do opera.

estima-se que 40% do funcionalismo público francês estava em greve ontem.

some-se a esse povo todo nas ruas: os usuários de todos os serviços supracitados, contra e a favor da greve.

© MartiBureau / AFP

paris é um caos engarrafada, com estações de metrô abarrotadas (não, isso que se vê na foto não é normal, mesmo nos piores horários) e cercada de manifestações por todos os lados. e, para cada lado, não são dezenas, nem centenas, mas plusieurs milliers de manifestantes nas ruas. ontem: mais de um milhão, segundo le monde.

em janeiro, entra em vigor lei que proíbe o fumo em QUALQUER estabelecimento público. inclui, bar, restaurante, boate, café, brasserie...
compreendo, etc. mas a neurose atinge um limite cacete.

quem ou o quê é capaz de substituir o prazer de minhas preguiçosas e solitárias manhãs de sábado no bar do meu quartier, acompanhada por um café au lait, croissant, le monde e cigarrinhos em sucessão e silêncio???
francamente.

me ocorre que em porto alegre começava a vigorar. ainda vale?

p.s. sarkô não negocia nada. a queda de braço está no seu oitavo dia consecutivo.

Monday, November 19, 2007

english tea

mas aí, resolvi virar borboleta. economizava o dentista e as brocas. deixei de acompanhar o noticiário, francamente, um programa surreal. minhas asas, escolhi um modelo meio miró, que eram pra voar, afinal.

a vida era vasta. e um dia, conheci o astronauta.
tentei falar-lhe, mas ele não escutava, devido ao seu traje intergaláctico. parei de tentar quando percebi que ele achava que estava percebendo o que estava realmente acontecendo, e não era nada disso: uma borboleta com cólica.

então, escrevi um scrap em cada um de seus 168 perfis no orkut e preparei meu cogumelo para a visita. comprei pela internet, um sistema de despressurização doméstico pra ele se sentir mais à vontade, e máscaras de oxigênio para lepidopteras tabagistas e humanóides gentlemans.

diziam que ele tinha joelhos magníficos. falei sobre as flores de utrecht, minhas preferidas. ele lembrou-se Henrik Gottard Cagney, o girassol inglês. nos consternamos com esses pormaiores amorosos.

quando ele foi embora, procurei, na seção "tools auto & industrial" da amazon.com, roupa de astronauta para borboletas. e encomendei uma nave espacial pra mim.

para o amigo Roger Jones

Friday, November 16, 2007

convite: alguém morre no final - lançamento


APRESENTAÇÃO de Luiz Antonio de Assis Brasil:
A literatura possui pelos menos três funções, e não serei eu a dizê-las por primeiro: a função de provocar o prazer da leitura, a de dar-nos conhecimento do mundo e a de gerar a transformação de quem lê. Os novos escritores sabem bem disso. No ambiente a Oficina Literária da PUCRS eles aprenderam a ver seus textos discutidos, analisados, avaliados em todos os seus aspectos, e não falo nos aspectos estritamente técnicos. Muito houve de emoção genuína, muito houve de descobertas, de transformações.
O grupo que ora apresenta suas produções é composto por autores das mais variadas opções profissionais e existenciais, bem como pertencem a diversas faixas de idade. O resultado se constata nos textos: há narrativas de ação, de aprofundamento psicológico, de preocupações sociais, de franco humor; enfim, tudo o que diz respeito à realidade humana. O leitor não se deixe seduzir pela idéia de que é reunido aqui apenas o resultado dos trabalhos realizados em sala de aula; muito ao contrário: na maioria são contos realizados durante a oficina, mas não diretamente para a oficina.
Não encerro com o clássico pedido de compreensão e clemência com os estreantes: já são maduros demais para isso. Apenas leia e deixe-se envolver. A literatura o exige, e pede a sua sensibilidade de leitor.

Wednesday, November 14, 2007

(ex)patriada

pode ser q eu tropece na língua. ou em várias outras coisas.
mas tenho projeto e vontade de viver algum tempo na holanda, num futuro não muito longínquo.

acabo de enviar um post do idelber (um, não. dois. um blog q recomendo vivamente) pro meu companheiro. ele me disse, amsterdam "é a NOSSA cidade, né?" eu disse, “NOSSA cidade, no NOSSO (segundo) país”. mas desconfio q, pra ele, o posto é da frança.

estou na frança há 7 meses. aprendi a apreciar o modus operandi. mas, algumas coisas me espantam: o fato de tua vida ser mais simples e mais barata (burocracias e impostos) quando teu estado civil é “casado”, por exemplo. é ridículo. até se tu quiser viver em concubinato, tu assina um papel na prefeitura.

eu estou envolvida com pesquisa em desenvolvimento rural. eles são orgulhosos dos seus “camponeses”, mas inventaram os monstruosos hypermercados e seus sistemas super verticais. a produção artesanal é linda, mas empilham-se infinitas regras. metodologica e teoricamente, percebo q eles se enredam.

a frança me dá a impressão de um país cansado, talvez. q anseia mudanças, mas, ao mesmo tempo, não consegue se desfazer de padrões. sim, um pouquinho neurótico, aussi.
mas exemplar no senso republicano. isso é invejável aqui. o respeito e o peso q o termo “cidadão” tem nesse país. q, fora isso, é lindo. e sempre terá paris.

voltando à vaca fria, digo, holandesa.
cito o idelber (2007!) “Numa sociedade que realmente não discrimina o homoerotismo, vê-se, cristalina, como é a pura paranóia tensa e ansiosa da homofobia que cria esse medo maluco de que permitir a exibição do amor homossexual vai “degenerar” alguma criança, influir na escolha sexual de alguém, “disseminar” uma coisa que supostamente deve ser contida. (...) Sempre adorei o fundamento que organiza a sociedade holandesa, e especialmente este milhão e meio abençoado que vive aqui na Grande Amsterdã: quer se prostituir ou contratar prostituta/o? É legal, tem bairro para isso. Quer fumar sua erva? Vá aos cafés, onde é legal. Quer se submeter a elaborados rituais sado-masô? Há mil e uma opções. Escandaliza-me que nossos liberais e conservadores não defendam uma sociedade com base a estas regras, que me parecem tão óbvias. O apoio maciço a elas continua intacto entre os holandeses.”

ele lembra, ainda, fuma-se em todos os bares de ams. “Tudo muito civilizado.”

o mais incrível dos holandeses é q eles SÃO assim.
passamos (meu companheiro trabalhando na universidade; eu, floreando) quase um mês, nesse verão, numa micro-cidade chamada wageningen. 30 mil habitantes. a mesma lógica de amsterdam, o mesmo respeito (a todos), a mesma simpatia e cordialidade (menos "sexo-na-vitrine", é verdade, mas 3 opções de cafés pra quem fuma a erva). e ciclovias impecáveis, aliás fazíamos tudo de bicicleta, inclusive visitar as cidades próximas. e pro meu chéri pegar a estrada de bici... é muito seguro, resumindo.

a holanda é mais ou menos o q considero uma sociedade ideal. se isso existe...

Tuesday, November 13, 2007

atualmente

escrevo sem introdução,
perdi o tacanho hábito da conclusão, há tempo.
me perco menos.
não canso de pensar no outono como a estação dessa cidade.
as árvores que avisto de meu balcão desabaram-se.
folhas.
mastigo uns dias cientificamente.

Monday, November 12, 2007

un tout p'tit peu plus de cinéma

vi o último do cronenberg esse fim de semana. 'eastern promises'. quién soy? mas, duas cenas entregam o serviço prematuramente. mesmo assim, bom. clima 'poderoso chefão'. mais cruento, porém. e a cosa nostra é russa.
a foto que eu queria publicar? o kremlin inteiro tatuado nas costas inteiras de viggo mortensen. uma beleza.
locação: londres.
idem para o último woody allen. 'cassandra's dream'. como em 'match point', ele se ocupa de affaires de morte, consciência e arrivismo.

escolhi o NOSSO filme:
'the gateway', sam peckinpah, 1972. com steve mcqueen e ali mac graw.

Monday, November 05, 2007

o códice e o cinzel em estréia

se eu estivesse em porto alegre, iria.
o resultado parcial é uma maravilha, suporte imagem-ritmo-decupagem-som. verei em dvd, acompanhada por meus vulcões de estimação. bom, evito o choque da minha visão na tela. ruim, não poderei dar um abraço 'bem cinchado' no mestre e no douglas.

uma amostra desse encontro do pampa com o sertão:


SINOPSE: O foco narrador deste filme é um olhar estrangeiro sobre o Pampa. O diretor, dessa forma, faz um paralelo com a literatura produzida pelo escritor gaúcho Luiz Antonio de Assis Brasil, a qual desenvolve esse mesmo olhar. Além do universo literário do autor, "O Códice e o Cinzel" apresenta uma reflexão acerca de vários temas que circundam seu universo existencial e estético, como por exemplo, a Oficina de Criação Literária na PUCRS, o Pampa, Porto Alegre, Mozart e sua ascendência açoriana. Gravado no Brasil, Portugal [Lisboa e Ilha de São Miguel, nos Açores] e Espanha [Madrid].



ESTRÉIA: PORTO ALEGRE-RS
filme: LUIZ ANTONIO DE ASSIS BRASIL - O CÓDICE E O CINZEL
duração: 143min.
ano de produção: 2007

Cine Santander Cultural [parte do evento: FEIRA DO LIVRO DE POA]
data: 9 de novembro de 2007
horário: 19h.
[após exibição, bate-papo com o escritor Luiz Antonio de Assis Brasil e o cineasta Douglas Machado]

Thursday, November 01, 2007

bazar... ou très bien

o velho mundo se apresenta em sépia. tem mais contraste, mas lembra uma luz de abril em porto alegre. que, nesse momento, está bordada em amarelo e roxo. sempre gostei dos jacarandás se derramando pelos caminhos. deixo outubro sem nenhum constragimento.

recebo excelentes notícias... convite para publicar internacionalmente, ao lado da bibliografia!!! artigo científico. ça veut dire que publicaremos (eu e meu companheiro, que acumula também a função de quase colega. quase porque ainda não sou doutora. ainda.) ao lado dos autores que eu utilizo, que me "roubaram" pas mal de momentos, enquanto os lia e os achava muito bem na foto. e, agora, estaremos publicados lado a lado. c'est fou ça!

imediatamente sairei no frio, no feriado dos mortos francês, que é hoje. pra me compor na paisagem outonal desse hemisfério. minhas mitocôndrias trabalham duro para manter os 36 graus corporais. meu cavaleiro me espera exatamente na entrada do inverno. definitivamente, "paris é uma festa".