Monday, November 19, 2007

english tea

mas aí, resolvi virar borboleta. economizava o dentista e as brocas. deixei de acompanhar o noticiário, francamente, um programa surreal. minhas asas, escolhi um modelo meio miró, que eram pra voar, afinal.

a vida era vasta. e um dia, conheci o astronauta.
tentei falar-lhe, mas ele não escutava, devido ao seu traje intergaláctico. parei de tentar quando percebi que ele achava que estava percebendo o que estava realmente acontecendo, e não era nada disso: uma borboleta com cólica.

então, escrevi um scrap em cada um de seus 168 perfis no orkut e preparei meu cogumelo para a visita. comprei pela internet, um sistema de despressurização doméstico pra ele se sentir mais à vontade, e máscaras de oxigênio para lepidopteras tabagistas e humanóides gentlemans.

diziam que ele tinha joelhos magníficos. falei sobre as flores de utrecht, minhas preferidas. ele lembrou-se Henrik Gottard Cagney, o girassol inglês. nos consternamos com esses pormaiores amorosos.

quando ele foi embora, procurei, na seção "tools auto & industrial" da amazon.com, roupa de astronauta para borboletas. e encomendei uma nave espacial pra mim.

para o amigo Roger Jones

3 comments:

Anonymous said...

dizia o Astronauta:

"Por mais que me afaste do mundo, por mais que me aproxime do fim, sei que nem por um segundo me afastarei de mim. Tudo que pode desembarcar desta nave é minha renúncia, minha liberdade e a imagem que de tudo faço. Mas não eu: eu ficarei para sempre no espaço."

Mas a verdade é que não existe espaço entre os corações que se compreendem.

Um beijo infinito pra você, astronauta Larissa.

Unknown said...

No final vi que era dedicado ao Roger Jones, mas desde o início me lembrou do livro de amor das flores...
Não sei escrever bonito... gostei muito...
beijo Lá

larissa bueno ambrosini said...

tu é um amor, ermã!
quê escrever bonito, quê...
o roger que vai gostar, que tu ja o reconhece. literariamente, falando...
beijo, flor!