Saturday, February 25, 2006

estava com uma tristeza sangüínea... estados de ânimos apertados. escondidos q alguém acha, sem querer nem por que. remexido, virado, bagunçado. q ordem pôr? colocar em ordem?

plantar orquídeas e canabis... fazer mudas de manjericão.

Tuesday, February 21, 2006

3 notas...

eu, sábado a tardinha, linda de sol, flaneur bom fim cidade baixa... meu alto comando cerebral cerze... bermudas... e encrencas... eu olhando as árvores, e eles em guerrilha interna [esse bando de celerados!].
uma cantada me trouxe pro mundo: 'essa morena e um baseado...'. me limitei a sorrir e seguir meu rumo. mas achei ótima!!!!

o tiagón descobriu o isis. eu enviei para alguém q não conhecia, mas presumia q iria gostar.
a avaliação: "Trata-se de uma saudável mistura de Pink Floyd, Ministry, Soundgarden e Slayer (!). Clima brumoso, etéreo, pós-guerra. Em resumo: trilha sonora do fim do mundo." achei ótima!!!!

fui convidada pra assistir um filme q não sei qual é, de um diretor q eu não sei quem é, sobre uma história q eu não li. na verdade um conto do caio fernando abreu. não rolou, ruídos, era amanhã. acabamos a noite no ossip-não-aceita-cartão-de-crédito-visa-electron-banricompras-qualquer-dinheiro-genérico-tipo-economia-capitalista-moderna-disgusting-q-nos-facilita-toda-vida, e +, sem dinheiro nem cheque, tomando-cerveja-comendo-pizza-fumando-comprando-anéis-de-prata. um mistério não raquel!? achei ótimo!!!!
[ainda bem q amigo não cobra juros. nessas horas a grandeza analítica de karl polanyi é mesmo inquestionável!]

Friday, February 17, 2006

plongée

cenário: larissa, 28, morena, sentada no sofá vermelho da sala de estar do seu apartamento [luz de fim de tarde], tranqüilamente cerzindo [nota do tradutor: cerzir = costurar um buraco em alguma-qualquer peça de roupa, no caso aqui, uma bermuda caqui - dessas bem apropriadas a programas tipo saffaris nas savanas africanas.... hã?].

cena doméstica retratando uma tarefa assaz banal para uma moça prendada.
mas...

larissa
NÃO
é
uma
moça
prendada.

bem q eu vi, aqueles cabelos não enganam! oh! o semblante concentrado da mulher na verdade dissimula a tensão do ambiente fumacento do seu centro mental de decisões sobre, entre outros, o melhor lugar para enfiar agulha...

vejamos
mais
de
perto:
zoom na mulher. mais, mais. close-up. mais. mais. entra no cérebro dessa maluca, pode ser, ou ta difícil?

ali estão eles.


o alto comando cerebral... ambiente carregado - nervosismo, ironia, nicotina, insegurança, deboche, nicotina... discutindo a melhor estratégia para tapar o furo: não há qualquer registro desse tipo de tarefa em seu menu sortido de habilidades.

pergunta [cretina]: sabemos fazer isso?
resposta [apaziguadora]: claro q sim. em tese, em tese.
réplica [irônica]: me caiu os butiá dos bolso....
tréplica [blasé]: um cigarro?
retomando: a teoria é ridiculamente elementar, é um abuso de tão simples; é como fazer uma teia
pergunta [estúpida]: teia?
resposta [impaciente]: teia, teia! como as aranhas fazem...
comentário [desnecessário]: aranha, aranha. consegue ligar o nome à pessoa?
retomando: junta-se as bordas do furo e depois vai preenchendo os espaços vazios com linha, e mais linha... até cobrir o maldito buraco.
pergunta [cretina]: vai ficar bom?
resposta [imbecil, pero sincera]: vai ficar une grand mérde. mais elle ne s'importera pas...
réplica [cruel, pero mui lúcida]: até vestir essa mérde, e andar com esse feijão bege a enfeitar suas nádegas...
pergunta [a que não quer calar]: onde será q foram parar as cerzideiras desse mundo?
suspiro...*

* as cerzideiras desse mundo foram engolidas pelo lado negro da força. hj elas passam o dia cerzindo panos de guarda-chuvas-não-furados na décima primeira dimensão, vulgarmente, pero no injustamente, conhecida como: a dimensão dos guarda-chuvas ‘perdidos’.

Tuesday, February 14, 2006

o q inspira, inspira
sem dilema.
nem certeza.
pele é pele
cheiro
e o resto
é tudo...

Sunday, February 12, 2006

um dos encantos dessa minha vida é tomar o café da minha moka, fumando um cigarro preguiçoso, lendo algo q interessa, c um vasto e levíssimo silêncio de fim de tarde.

[...] mas chorei lendo simone de beauveoir.

Friday, February 10, 2006

notas...

procura-se lucile desesperadamente
b.b. king perdeu sua cadelinha yorkshire. ela sumiu dia 27 de janeiro. quem levar a cadelinha, viva, e, sem idéias, somente viva, receberá uma guitarra do próprio, como recompensa. ah, ela, a cadela atende por lucile, tal como sua guitarra, q não o atendia, mas tb não fugia. ora, claro q atendia... não precisa explicar como né... por favor...

mas q utilidade tem essa nota? nenhuma. por que tudo tem q ter utilidade afinal de contas? pra q se beija na boca, pra q se fuma um acompanhado de alguém q diz coisas interessantes, pra q se lê gorki, pra q se assiste casablanca cinco vezes..? ora, pq o humphrey bogart é um charme, essa era fácil...

senhor daí-me forças...
em um espaço de apenas uma semana, trois personnes, nem mais nem menos, três criaturas de deus vieram me falar bem do david coimbra. mereço isso??? bom, eu até posso ter jogado pedras na cruz de jesus, muito embora, em q pese a lista cemquilométrica de restrições à igreja católica apostólica e romana, somente agravada gravemente pela minha condição de homo sapiens mulher, mesmo assim, duvido q fosse sádica a esse ponto, nem em encarnações bem mais remotas. mas, vamos considerar a hipótese, td bem, eu mereceria. olha o tempo verbal. mas ele? ele, não...

não, minha cultura futebolística é sofrível. não sei a diferença de gol de placa e gol de letra [mas eu sei o q é escanteio!!! e acompanho as campanhas do campeão mundial guerreiro tricolor!!! gol de letra, pra mim, é uma fundação do raí. q eu me lembro muito bem obrigada por motivos óbvios. aliás, o futebol tem disso, ou desses, não é q um dia aí mudando de canal, um jogo do campeonato espanhol, uma falta, uma barreira: figo, zidanne e beckhan. benza deus uma barreira dessas...]. não tenho reparo algum quanto suas críticas esportivas. não leio. muito embora, de fonte segura, um homem [e sejamos razoáveis, futebol é coisa de homem. é um mundo masculino por excelência. ora, qual mulher q se preze lembraria do gol q o lothar matheus fez na copa de 1990 no jogo contra a iuguslávia? eu não sei nem contra quem foi a final da última copa...], voltando ao homem [perdoem, mas os colchetes são tipos muito temperamentais. é uma negociação complicada cada vez q se requer seus préstimos, já que eles são bastante mais bonitos e mais práticos q os parênteses, seus primo-irmãos, e tendo consciência disso, são uns provalecidos – como diria minha vó!], o homem o homem... um homem me falou q sua – do coimbra, cultura futebolística não é nada lá essas coisas. o q só piorou a sua – do coimbra, situação comigo.

eu não gosto do q eu leio, crônicas do cotidiano... buf... sim, leio. ou melhor, já li. mas isso era antes. não tenho mais paciência. pra mim, ele se equivale a marta medeiros, só q sem aquela mania irritante dela de ‘concluir’ suas crônicas, e falando das mulheres de um jeito especialmente irritante. mas eles lançam livros. e as pessoas compram.

vão ler gorki.
sim, estou apaixonada por ele. reli dois contos dele hj a tarde. ‘uma noite de outono’; e ‘vinte seis e uma’.

Tuesday, February 07, 2006

o q inspira, aflige.
dilema.
pele é tudo...

Sunday, February 05, 2006

pra que amendoeiras pelas ruas? para que servem as datas?

a propósito de uma questão formulada em um canto agradável do ocidente sobre o que é, afinal de contas, uma data, motivada pela minha curiosidade sobre as comemorações de um certo aniversário, especulemos... já que there’s no answer, ou porque buscamos sentido, muito mais que respostas, tal como wittgenstein.

as datas, antes de qualquer outra coisa, são convenções. além dessa obviedade, cada classe de datas [no sentido taxonômico e não marxista, bem entendido] serve a um propósito distinto, de acordo com o regime político, econômico, religioso, cultural, ideológico, etc, etc, em hora vigente. passemos ‘a lo largo’ de feriados cívicos e datas santas, onde, ainda assim, não se deixa de comemorar certos aniversários de uns poucos mais ilustres que a vasta inominada massa de mortais. o aniversário parece cumprir função semelhante àquilo que chamamos de ano novo, ou seja, serve ao tempo. tempo que ainda carece de definição metafísica de consenso, é designado, sendo de inegáveis utilidade lingüística e semântica, ainda que de pouco efeito prático cotidiano, nos seguintes, entre outros, termos do nosso idioma: “duração limitada, por oposição à idéia de eternidade; sucessão de anos, dias, horas, momentos, que envolve, para o homem, a noção de presente, passado e futuro; meio indefinido onde se desenrolam, irreversivelmente, as existências na sua mutação, os acontecimentos e os fenômenos na sua sucessão”.

no entanto, mais que à passagem, é à materialização da passagem a que se prestam as comemorações de nascimento, cabendo alguma contabilidade, que passa por perdas (de tempo, pessoas, lugares, tônus, palavras) e ganhos (de histórias, pessoas, lugares, rugas, palavras), os quais, todos somados e sem rejeitos, nos lembram que tempo... passa, mas, e a graça da coisa toda, cada um faz o seu.

mas os aniversários ainda nos servem para dedicarmos palavras afetuosas etc etc etc...

dei essa volta, e pilhérias à parte, afinal uma ‘deixa’ não pode passar por diante sem ser devidamente executada, tal como no futebol, bola que sobra, azar é do goleiro, o q era pra ser um inocente e bem mais sucinto cumprimento de felicitações acabou, com os devidos cortes em nome do decoro não sei de quem, publicado nesse domingo tórrido, onde eu ainda devo visitar o condomínio verbeat duzentos anos sem saber nada sobre a vizinhança... feio...

Saturday, February 04, 2006

  • Au Daslu, les reiches clientes osnt accueillies par des vendeuses qui 'ont pas le droit de leur parler.


  • c'est ne pas posible negar q nós somos colonizados. c'est triste, trop triste, mais c'est vrai.

    estou contra o sistema nesse momento. maiores, mais sérios e encadeados comentários não tenho vontade de fazer. acordei 3h, durmi no meio de 'casablanca', sonhei com humphrey boggart, pra terminar publicando um link pro le monde. são 4h38, vou durmir. tenho uma batalha against the system tomorrow...