Monday, October 17, 2005

diário...

não. não é o meu. é o 'de notícias' de lisboa.
pois q meu querido amigo duda [o PATO!... o q abandonou a blogosfera sem aviso prévio nem nada] esteve em portugal e me enviou dois jornais de lá.
chegaram sábado de manhã com notícias de agosto. eu estudando, refiz meu planejamento de leituras e me acomodei pra ler as novas antigas da terrinha...!



claro, de tanto sentar o pau na nossa imprensa, q é uma 'm' mesmo, ele se lembrou q eu ia gostar de ver algo diferente. o q me interessa aqui é falar do diário de notícias. um jornal, sem um termo melhor pra defini-lo, ácido.

por isso, muito interessante. e melhor, muito bem escrito. ele inicia com os colunistas. gente q sabe escrever! percebem??? vc lê e percebe o texto tem subtexto, q a coisa vem informada e está construída em bases sólidas. ok, nada menos pós moderno q isso. mas um pouco consistência, e menos achismo não faz mau pra ninguém.
sei lá, é coisa de 'catigoria' mesmo!
e não são apenas as colunas, as matérias, sentando o pau na televisão [sobre um programa cujo tema era elia kazan e marlon brando. estupefato por tratar marlom brando como um 'galã'. eu só vi o sindicato dos ladrões e achei interessantíssimo! peraí, o cara é um ícone, representa toda a perspectiva cultural de uma geração. e a tv o trata assim 'galã', com um rótulo descartável, pueril e pobre. isso era o conteúdo da matéria!]

bom, aí sobram farpas pro primeiro ministro. a valer... pro cinema, pro mundo da propaganda, pra michelin [o guia da michelin comete equívocos históricos abomináveis, no ver de certo colunista. uma falta de informação, cultura etc... e q ele se dá ao trabalho de citar.]e assim por diante.

não é só corrosivo. mas tb é.
e esse é o ponto em q quero chegar. a nossa imprensa é um horror de vendida. ficam vendendo toda essa bobagem de imparcialidade, q não existe e não se atinge. se começam vendendo, como princípio fundador, um postulado imaginário, imaginem o q sobra pro produto, a saber, a notícia. e, catástrofe das catástrofes ainda é mal escrito, cheio de chavões, de lugares-comuns e preconceitos, um texto pobre, piegas e deselegante. pronto, falei!

das duas uma. ou são ingênuos, ou estúpidos o suficiente pra acreditar nisso. ou são canalhas mesmo.
eu não terminei a faculdade. não paguei pra ver. mas leio jornal. e não gosto do q vejo. ou melhor, do q leio.

[...] mas junto veio um cd da 'lura'. não conhecia. mas o cd é uma delícia... mesmo sem eu entender esse português meio enviesado de cabo verde [enviesado pra quem cara pálida? pra ver q tudo depende do ponto de vista...]. e ela ainda é uma bela morena como vcs podem ver...



se o meu blog fosse chique como o do afonso eu deixava a música rolando. mas não tenho idéia de como faze-lo...

Thursday, October 06, 2005

a morte cansada

assisti ontem esse fritz lang na sala redenção, da ufrgs. é da época 'muda'. muitíssimo interessante, os efeitos especiais então! fantásticos.... ele usa sobreposição de imagens pra criar fantasmas, filtros na câmera, verde, vermelho... e ... oh! profundidade de campo! não é orson welles, ok, é só uma cena. e na verdade é uma profundidade acanhada. mas a pista está lá!

o roteiro, escrito por ele, não nega, bastante ao contrário,o romantismo trágico da alma alemã [ + pessimismo alemão = expressionismo, resultado de uma alemanha derrotada na primeira guerra mundial vis-a-vis itália, q na mesma situação e época, cria o neo-realismo]. aqui a morte, cansada, assombra a felicidade de um casal feliz [!]. o cinema de lang: um destino trágico, ao qual o homem se insurge. nesse caso a mulher.

mulher q tb se insurge em 'metrópolis', maria líder dos operários da cidade subterrânea. embora seu desfecho tenha sido considerado simplista [e é, o q não faz de 'metrópolis' menos monumento do ele é] pelo diretor, sempre dá pra culpar a ex-mulher dele, q era roteirista e foi quem 'solucionou' o embróglio entre o capital e o trabalho... o q me faz lembrar q ela, a frau roteirista, ao contrário de lang q convidado por goebbels para trabalhar para o regime nazista, fugiu para os eua, ela... aderiu ao führer.

de onde me remete a 'mephisto'... filme de istván szabó, indicação de um amigo, q assisti no domingo a noite. belo filme.

! ah, não poderia esquecer o menino q tocou durante a projeção! a música foi 'improviso' dele. e deu o clima. [bom, se filme e música conseguiram domar uma audiência hiperativa como a do meu amigo ely, q ficou mortificado qdo tomou conhecimento q o filme era mudo, vcs imaginam.... isso me lembra qdo levei um ex-namorado assistir o 'encouraçado potenkin'. o cara ficou petrificado qdo foi informado da data. qdo ficou sabendo q era mudo, quase pediu meu rim em uma bandeija. mas como todo mundo sabe q isso é totalmente fora de questão pq eu só tenho um rim... ele foi embora na metade da projeção. eu fiquei!]